A filosofia por trás da medicina placentária vai além da simples produção de medicinais (de consumo e de uso tópico) à base de placenta humana. É um modo autônomo de cuidado pós parto, feito pela própria mulher através da sua placenta.
A medicina da placenta leva a mulher a ouvir no seu íntimo o que ela, seus filhos e familiares precisam, e que pode ser curado através da placenta que ela mesma gerou. Em diversas culturas, a placenta foi utilizada após o parto como remédio para todos os males que acometiam a mulher ou seu bebê, bem como outros membros da comunidade. Assim, existem registros de uso da placenta como fortificante em sopas, caldos e bebidas para a mulher que estivesse muito fraca após dar a luz, membranas da bolsa de águas como emplastros para feridas da pele, tinturas fitoterápicas, entre outros.
Com o advento da medicina moderna, muitos desses hábitos populares passaram a ser considerados impróprios, gerando um tabu que pouco a pouco foi distanciando as mulheres de um diálogo mais profundo sobre seus corpos e sua capacidade de autocura. Porém, nem mesmo a medicina moderna conseguiu fechar os olhos para a placenta como um “remédio para todos os males”. Então a partir 1882 alguns médicos cientistas começam a publicar estudos e pesquisas acerca da prática da placentofagia humana, sendo até os dias atuais tema central de pesquisas do seu uso na cura de feridas, queimaduras, cirurgias oculares, vitiligo e até infertilidade. Atualmente existem pesquisas que buscam testar o benefício da sua ingestão em forma de cápsulas para depressão e anemia pós parto, suporte à lactação e reposição hormonal e vitamínica.
Enquanto a ciência moderna não encontra provas que satisfaçam à academia, ressurgem com força as placenteiras, mulheres que se dedicam a aprender o ofício de transformar a placenta em medicinais práticos para o pós parto principalmente.
Como a placenta é da mulher, gerada dentro de seu corpo e parida por ela, acredito que a placenteira é a fonte onde essa mulher pode buscar informações que a auxiliem na decisão de fazer ou não uso dessa antiga medicina, é aquela que poderá preparar a placenta dessa mulher num momento onde ela necessita ser acolhida e cuidada.
A placenteira se compromete em não comercializar nada à base de placenta, reconhecendo que a placenta não lhe pertence e honrando o compromisso de manusea-la com rigorosa atenção à biossegurança. Ela se coloca à serviço da mulher escutando suas dúvidas e desejos, preparando os medicinais escolhidos e orientando o consumo sem lhe tirar a autonomia, com vistas que através da auto observação ela também poderá fazer o uso empírico dos mesmos.
Dentre os medicinais mais comuns preparados por uma placenteira estão as cápsulas, tintura fitoterápica, homeopatias, emplastros, pomadas e óleos corporais. Cabe sempre reforçar que a placenteira presta um serviço à mulher, manipulando somente a placenta dela para ela mesma.
No curso de Medicinas e Segredos da Placenta, as aspirantes à placenteiras passam pelo estudo teórico da placenta sua fisiologia e os estudos científicos já realizados sobre a placentofagia humana; aprendem a preparar os principais medicinais a base de placenta; dar suporte à mulher que deseja fazer uso da sua própria placenta de forma medicinal; conhecem a relação de diversos povos com a placenta e suas práticas rituais e medicinais; desenvolvem um olhar artístico e terapêutico sobre as recordações que podem ser criadas a partir da placenta (carimbos, filtros dos sonhos, pingentes e outros).
Se tudo até aqui te inspira, arrepia o corpo e aquece o coração, então só falta se abrir à essa experiência, nosso compromisso com as nossas alunas é de formarmos uma rede invisível porém forte e duradoura, onde possamos pós curso nos apoiar em nossas dúvidas e descobertas!
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